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Alimentação e Ansiedade


Ansiedade é uma questão global. Segundo a OMS, o Brasil é o país com maior número de diagnóstico em transtornos de ansiedade no mundo. Perguntar aos meus clientes se eles se consideram ansiosos já faz parte da minha anamnese há bastante tempo. E grande parte diz que sim, se consideram e possuem sintomas, alguns mesmo sem diagnóstico fechado por um especialista. E ainda, em geral, as escolhas alimentares mudam com a presença dos sintomas da ansiedade.

Como cada um tem um característica diferente, cada pessoa lida de uma forma, alguns se alimentam mais, outros menos, existem pessoas que alteram as preferências - o tipo de alimento consumido - ou não.

Nos indivíduos que apresentam maior propensão a comer, como forma de regular as suas emoções, verificam-se mais alterações na escolha dos alimentos. Optando por alimentos que, por norma, são considerados “alimentos proibidos” na sua alimentação, estando mais propensos a comer em demasia.

Alterações a nível do sistema neurológico são uma consequência natural da ingestão de alimentos. Em geral, a escolha é feita por carboidratos refinados, alimentos gordurosas e açucarados. O consumo desses alimentos como pão, batata, industrializados, alguns doces provocam um aumento dos níveis de triptofano no sangue, levando a um aumento da atividade dos sistemas serotonérgicos no cérebro. A serotonina é um importante neurotransmissor que associado à fome, à dor e ao sono, mas também ao humor, logo uma refeição rica em carboidratos conduz ao aumento da serotonina, resultando na redução dos estados depressivos.

Outra explicação pode estar associada ao aumento de energia, pois uma única refeição pode afetar o comportamento, simplesmente como produto da energia fornecida ao organismo. Alguns estudos mostram que o consumo de alimentos doces, como uma barra de chocolate, resulta em maiores níveis de energia, logo uma redução do cansaço, principalmente entre os primeiros trinta a sessenta minutos após o consumo. Com a rápida resposta, a tendência é buscarmos mais logo após a redução do efeito e é por isso que esse alimentos não são aliados interessantes.

Muitas doenças da atualidade são causadas por escolhas alimentares ruins. As alterações alimentares relacionadas com os sintomas da ansiedade podem ter como consequência outras doenças, como diabetes e hipertensão.

Por isso, é preciso avaliar cada caso, a alimentação é um dos fatores, mas como não existe fórmula mágica, não pode ser o único fator a ser considerado. Minha dica, além da alimentação individualizada, de acordo com as escolhas de cada um, é que cada pessoa entenda o que e como ocorre essa mudança de sensação, para a partir daí organizar as ferramentas que podem auxiliá-la. Existem muitas delas, como meditação, respiração atenta, música, chás e ingestão de água são algumas ferramentas que podem auxiliar esse processo e evitar a compensação alimentar.


Alimentação e Ansiedade

É importante também saber distinguir a fome de um momento de ansiedade. Mas, assim como existem alimentos de má qualidade nutricional que estão associados ao aumento da serotonina, também existem alimentos saudáveis que possuem esse efeito, com fontes animais e vegetais, alguns exemplos são:

  • Leguminosas como grão de bico, ervilha, lentilha, soja;

  • Cereais integrais,

  • Sementes e castanhas como nozes, sementes de girassol, castanha de caju, amêndoas e chia;

  • Frutas como banana, kiwi, cacau;

  • Fontes de ômega 3 como chia, linhaça, salmão, sardinha e atum;

Uma alimentação balanceada é composta por alimentos precursores da serotonina, e consequentemente surtirá os efeitos benéficos para saúde corporal e emocional. O paladar e a apresentação são fatores essenciais, visto que os alimentos agradáveis provocam sensações prazerosas que melhoram o estado emocional.

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